Mostre-me um exemplo TRIBUNA DE URUGUAIANA: Excesso, por Gabriel Novis Neves

20 de abr. de 2015

Excesso, por Gabriel Novis Neves

Excesso
Os jornalistas políticos confessam que nunca foram tão bem nutridos de notícias como nesta fase de escândalos, incompetência e corrupção. 
O ridículo, que antigamente era motivo de zombaria, tornou-se a moeda do momento em nosso país. 
A estupidez atingiu os patamares mais altos da sua cotação, e o pior é que há seguidores dessa estranha seita política. 
No epicentro de tudo a tão esfarrapada desculpa de sempre: o culpado é sempre o outro diante da descoberta de um deslize de ética e das dificuldades administrativas. 
Tudo que sofremos neste momento de humilhação perante o mundo tem um culpado - o pobre Adão e sua companheira Eva. 
Foram eles os primeiros responsáveis pelas obras públicas inacabadas e superfaturadas, cobrança de impostos absurdos, salários aviltantes, desemprego em níveis preocupantes, sucateamento da educação, saúde, transporte e serviços essenciais, com a institucionalização da propina. 
Se não houver com urgência reformas no nosso sistema político, essa lengalenga virará doutrina de início de governo - dificuldades encontradas são responsabilidades do antecessor. 
Concluído o mandato constitucional tudo continuará como dantes. Pena eu tenho de Thomé de Souza, primeiro Governador Geral do Brasil e que, portanto, não teve antecessor para criticar. 
Nossos governantes são pessoas inteligentes, com estudos formais ou não, experientes em seus negócios privados, conhecedores do mundo moderno, mas, ao assumirem o governo jogam a culpa das dificuldades sempre no seu antecessor. 
Experiência para eles é igual farol de automóvel virado para trás – só ilumina o passado, no dizer do escritor e médico Pedro Nava. 
Vamos construir do caos uma nova sociedade e deixar como legado a nossa sofrida e enganada população. 
Existem bons exemplos a serem seguidos, e isso não é demérito para ninguém, muito pelo contrário. 
Nossa gente não suporta mais autópsias ao passado! 
Queremos um futuro, e menos notícias negativas!

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